Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

30 de outubro de 2009

Samsara


- O que é samsara? perguntou o rei.
- Nós nascemos aqui e morremos, nós nascemos lá e morremos, e
depois nascemos de novo e morremos de novo: isso é samsara -
respondeu Nagasena, o bodisatva.
- Não entendi - disse o rei.
- Quando você come uma manga, ó grande rei, você separa o
caroço. O caroço é plantado e nasce outra mangueira, que dá frutos.
Aí as pessoas comem os frutos, jogam fora os caroços, que são
plantados e tornam-se mangueiras, com o tempo. Como se vê, a
mangueira não tem fim. É por isso que nascemos aqui, ali morremos
e nascemos novamente e vamos morrendo, igual ao caroço de
manga. Isso é samsara.
- E o que renasce no mundo depois? - indagou o rei.
- Nasce outro nome, outro corpo, outro espírito. Não é o mesmo
caroço de manga.

"Através da vida que levávamos, aprendi o dom, a lição mais árdua de se aceitar, e a mais poderosa que conheço — ou seja, o conhecimento, uma certeza absoluta de que a vida se repete, se renova, não importa quantas vezes seja apunhalada, descarnada, atirada ao chão, ferida, ridicularizada, ignorada, desprezada, desdenhada, torturada ou tornada indefesa. Com minha gente querida, aprendi tanto sobre o túmulo, sobre encarar os demônios e sobre o renascimento quanto aprendi em toda a minha formação psicanalítica e meus vinte e cinco anos de atendimento clínico. Sei que aqueles que sob certos aspectos e por algum tempo estão afastados da crença na própria vida acabam sendo os que perceberão que o Éden está por baixo do campo nu, que as sementes novas vão primeiro para os lugares abertos e vazios — mesmo quando esse local é um coração de luto, uma mente torturada ou um espírito devastado.

Qual é esse processo do espírito e da semente, cheio de fé, que toca o solo nu e o torna rico de novo? Não tenho a resposta completa. Só sei o seguinte: (...) Estou certa de que, enquanto estivermos aos cuidados dessa força de fé, aquilo que pareceu morto não estará morto, aquilo que pareceu perdido também não estará mais perdido, aquilo que alguns alegaram ser impossível tornou-se nitidamente possível, e a terra que está sem cultivo está apenas descansando — à espera de que a semente venturosa chegue com o vento, com todas as bênçãos de Deus. E ela chegará." C.P.Éstes

27 de outubro de 2009

CÂMARA ESCURA

,

Devagar,
Hora a hora
Dia a dia,
Como se o tempo fosse um banho de acidez,
Vou vendo com mais funda nitidez
O negativo da fotografia.
E o que eu sou por detrás do que pareço!
Que seguida traição desde o começo,
Em cada gesto,
Em cada grito,
Em cada verso!
Sincero sempre, mas obstinado
Numa sinceridade
Que vende ao mesmo preço
O direito e o avesso
Da verdade.
Dois homens num só rosto!
Uma espécie de Jano sobreposto,
Inocente,
Impotente,
E condenado
A este assombro de se ver forrado
Dum pano de negrura que desmente
A nua claridade do outro lado.
( Poesia :Torga, Gravura : Marco kostabi)



26 de outubro de 2009

Sting - contando sobre ´sua experiência numa Cerimônia da Ayahuasca


"Sou obrigado a me sentar nos degraus da igreja num estado de admiração emudecida diante da beleza da floresta e das estrelas acima de minha cabeça, mas é mais do que posso suportar.
Baixo os olhos para fitar uma pequena cavidade nos degraus de pedra e ali, em meio à escuridão, a quinze centímetros de mim, no fundo da estreita fenda formada pelas grosseiras lajes de granito, cresce
uma belíssima flor roxa. É uma não-te-esqueças, cinco pétalas púrpuras irradiando da mandala central de uma estrela amarela de cinco pontas, esticando-se bravamente na direção da luz com uma força vital extraordinária, e sou a única testemunha da coragem de sua luta. Nesse momento sou levado a compreender que não só seres vivos minúsculos, belos e delicados como esses devem estar energizados de amor, como também as rochas inanimadas que os cercam, tudo que dá e que recebe, reflete e absorve, resiste
e se entrega, e me dou conta, talvez pela primeira vez, que o amor nunca é desperdiçado. O amor pode ser negado ou ignorado, ou até deturpado, mas ele não desaparece: apenas troca de forma, até
que estejamos conscientemente prontos a aceitar seu mistério e poder. Isso pode levar um momento ou uma eternidade, e não há insignificâncias na eternidade. E se isso é verdade, então devo continuar a rememorar minha história e tentar extrair algum significado dela, tentar recontar a insípida prosa de minha vida como
se fosse uma espécie de poesia transcendental."

23 de outubro de 2009


“Quero lhe implorar para que seja paciente com tudo o que não está resolvido em seu coração e tente amar.As perguntas são como quartos trancados e como livros escritos em língua estrangeira.Não procure respostas que não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las.E a questão é viver tudo.Viva as perguntas agora.Talvez assim, você, gradualmente,sem perceber,viverá a resposta num dia distante"
(Rilke)


21 de outubro de 2009


"NADA LHE POSSO DAR QUE JÁ NÃO EXISTA EM VOCÊ MESMO.

NÃO POSSO ABRIR-LHE OUTRO MUNDO DE IMAGENS, ALÉM DAQUELE QUE HÁ EM SUA PRÓPRIA ALMA.
NADA LHE POSSO DAR A NÃO SER A OPORTUNIDADE, O IMPULSO, A CHAVE.
EU O AJUDAREI A TORNAR VISÍVEL O SEU PRÓPRIO MUNDO,  E ISSO É TUDO. "
(HERMANN HESSE)

Nárnia



"Aqui não tem nada! - disse Pedro, e saíram todos da sala.

Todos menos Lúcia. Para ela, valia a pena tentar abrir a porta do guarda-roupa, mesmo tendo quase certeza de que estava fechada à chave. Ficou assim muito admirada ao ver que se abriu facilmente, deixando cair duas bolinhas de naftalina.
Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles. Lúcia gostava muito do cheiro e do contato das peles. Pulou para dentro e se meteu entre os casacos, deixando que eles lhe afagassem o rosto. Não fechou a porta, naturalmente: sabia muito bem que seria uma tolice fechar-se dentro de um guarda-roupa. Foi avançando cada vez mais e descobriu que havia uma segunda fila de casacos pendurada atrás da primeira. Ali já estava meio escuro, e ela estendia os braços, para não bater com a cara no fundo do móvel. Deu mais uns passos, esperando sempre tocar no fundo com as pontas dos dedos. Mas nada encontrava.
“Deve ser um guarda-roupa colossal!”, pensou Lúcia, avançando ainda mais. De repente notou que estava pisando qualquer coisa que se desfazia debaixo de seus pés. Seriam outras bolinhas de naftalina? Abaixou-se para examinar com as mãos. Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-roupa, encontrou uma coisa macia e fria, que se esfarelava nos dedos. “É muito estranho”, pensou, e deu mais um ou dois passos.
O que agora lhe roçava o rosto e as mãos não eram mais as peles macias, mas algo duro, áspero e que espetava.
- Ora essa! Parecem ramos de árvores!"

Este é o trecho do livro Crônicas de Nárnia, onde Lúcia, uma garotinha cheia de luz encontra no guarda-roupa a passagem para Nàrnia...Eu sempre acreditei que este era a grande moral desta estória...Acreditar que existem mundos encantados dentro de guarda-roupas...Acreditar que o mundo pode ser um lugar bom para se viver, que os seres humanos podem ser boas criaturas de se conviver, acreditar que podemos ser mais leves, mais conscientes, mais amorosos...
Correr o risco de sonhar com a felicidade individual e coletiva...Entendendo que este não é um estado congelado, mas sim dinâmico, vivo, intenso, pleno de confiança...

(gi)

19 de outubro de 2009

Escudo do Sul


Espírito Guardião do Sul, é representado pelo Coiote, este professor selvagem e ardiloso do Reino Animal (Sun Bear).



Existe todo um bloco da mitologia nativa que lida com o Coiote, o velho trapaceiro que, às vezes, é Criador e outras vezes, o "Palhaço Sagrado". O Coiote é um dos mais sagrados e mais profanos dos animais. Tal como o pato Lonn ( totem da Vovó Lua) e o Sapo (Clã dos Sapos), ele é um cantor poderoso, cuja canção pode levar os humanos à liberdade ou ao medo. Coiote traz crescimento a qualquer um, mas para aqueles que amam a vida, ele dá o presente da "confiança ". É a confiança na vida que nos ensina a verdadeira sobrevivência e tolerância.


O coiote pode ser encontrado em muitas areas rurais da América do Norte. Menor do que um lobo, o coiote se provou adaptável à invasão da civilização. Os mais distintos atributos do coiote são sua ligeireza, sentidos aguçados, traços de cachorro e sua canção. Em muitas noites no campo, os ganidos e uivos do coiote varam a noite calma, lembrando a todos os Duas Pernas que podem ouvi-los, que embora agora, predominem na terra, não são a única espécie existente.


Aprendemos muito sobre as pessoas de acordo com a forma como elas reagem ao Coiote. Aqueles que amam a vida e a terra, são inspirados pela canção do Coiote e sua habilidades em driblar a civilização, que tem tentado destruí-lo. Aqueles que temem tudo o que é natural, também temem o coiote e tentam destruí-lo atirando nele, pondo veneno ou armadilhas. Os medrosos descrevem o coiote como um ladrão, aquele que come as criações domésticas, como a galinha. O coiote prefere alimento natural, animal roedores como ratos ou coelhos, mas ele se alimentará, ocasionalmente, de uma galinha ou outro pequeno animal doméstico em áreas onde a civilização exterminou todas as suas presas naturais.


Quando ele trabalha com Shawnodese, a pele do Coiote tem a cor mosqueada do Sol do meio dia brilhando na Terra. Algumas vezes, quando a serviço de Shawnodese, a pele do Coiote é tão mosqueada que parece desaparecer. É aí que ele faz o seu mais poderoso trabalho. "


http://www.xamanismo.com.br/Roda/SubRoda1191072387009It003Ps001

Mâe Terra eu Te sinto sob os meus pés...Mãe Terra eu escuto Seu coração


Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeia


Foi que eu vi pela primeira vez, as tais fotografias
Em que apareces inteira, porém lá não estava nua
E sim coberta de nuvens
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Ninguém supõe a morena, dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema, mando um abraço pra ti
Pequenina como se eu fosse o saudoso poeta
E fosses a Paraíba
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Eu estou apaixonado, por uma menina terra
Signo de elemneto terra, do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza, terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Eu sou um leão de fogo, sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente,e de nada valeria
Acontecer de eu ser gente e gente é outra alegria
Diferente das estrelas
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
De onde nem tempo e nem espaço, que a força te de coragem
Pra gente te dar carinho, durante toda a viagem
Que realizas do nada,através do qual carregas
O nome da tua carne
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Na sacadas do sobrado, da eterna são salvador
Há lembranças de donzelas, do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria

15 de outubro de 2009

A Paz!



Invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não
Me enterro mais...
A Paz!
Fez o mar da revolução
Invadir meu destino
A Paz!
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão na paz...
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz...
Eu vim!
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"...
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz...
Eu vim!
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"...
A Paz!
Invadiu o meu coração!
A Paz!
Fez o mar da revolução!

13 de outubro de 2009

Matisse...(maravilhoso...)


"O esforço que é preciso para nos libertarmos das imagens fabricadas (através da fotografia, dos filmes e dos reclames), exige uma certa coragem e essa coragem é indispensável ao artista que deve ver tudo como se o estivesse a ver pela primeira vez. É preciso ser-se capaz de ver pela vida fora como quando em crianças víamos o mundo, pois a perda dessa capacidade de ver significa a perda de toda a expressão original"

Henri Matisse

12 de outubro de 2009

Soneto 18 - Shakespeare



"Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais amena:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza;
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis;
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando estes versos te elevarem à eternidade:
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,
Viverá meu canto e ele te fará viver."

(Pintura de Leonid Afremov - Fauvismo)

9 de outubro de 2009

REGINA BRETT, 90 ANOS, DO JORNAL THE PLAIN DEALER, CLEVELAND, OHIO


Para comemorar o avanço da idade, anos atrás anotei 45 lições que a vida me ensinara. Foi a matéria mais solicitada que escrevi em toda a minha vida de colunista. Em agosto meu odômetro marcou 90, então vai aqui mais uma vez a receita:
1. A vida não é justa, mas não deixa de ser boa.
2. Quanto estiver em dúvida, só dê o primeiro pequeno passo.
3. A vida é muito curta para se perder tempo odiando alguém...
4. Seu emprego não vai cuidar de você quando ficar doente. Seus amigos e parentes é que vão fazer isto. Fique em contato.
5. Pague suas dívidas no cartão todos os meses.
6. Você não precisa sair ganhando em todas as discussões. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém junto. Cura mais do que sozinho.
8. Não tem problema ficar braba com Deus. Ele aguenta.
9. Poupe para a aposentadoria começando com o primeiro pagamento que recebe.
10. Chocolate? Inútil resistir.
11. Faça as pazes com o passado, para que não estrague o presente.
12. Não tem problema em deixar seus filhos verem você chorar.
13. Não compare sua vida com outras. Você não tem noção da jornada que elas são.
14. Se um relacionamento for secreto, melhor não tê-lo.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire fundo, que esfria a cabeça.
17. Descarte tudo que não seja útil, lindo ou levante o astral.
18. O que não mata, realmente te deixa mais forte. [Em bom português: o que não mata, engorda.]
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda depende só de você, de ninguém mais.
20. Quando o negócio é conseguir o que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda as velas, use o melhor lençol, use aquela lingerie de luxo. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se além do necessário. Depois, acompanhe o andar da carruagem.
23. Seja excêntrico agora mesmo. Não espere a velhice para usar extravagâncias.
24. O mais importante órgão sexual é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, só você mesmo.
26. Debaixo de cada desastre coloque a seguinte legenda: 'Daqui a cinco anos isto ainda terá importância?'
27. Opte sempre pela vida.
28. Perdoe tudo a todos.
29. O que os outros pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Por melhor ou pior que seja a situação, ela vai mudar.
32. Não se leve a sério demais. Os outros também não o fazem.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você pelo que ele é, não por qualquer coisa que você tenha feito ou deixado de fazer.
35. Não faça uma auditoria da sua vida. Apareça e dê o melhor de si agora mesmo.
36. Entre envelhecer e morrer jovem, a primeira opção dá de 10 a 0.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Ao fim e ao cabo, o que realmente importa é que você amou.
39. Dê uma saída todos os dias. Há milagres esperando por toda a parte.
40. Se amontoássemos nossos problemas e víssemos as pilhas dos outros, faríamos questão de ficar com os nossos.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo de que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como está se sentindo – levante-se, ponha a roupa e compareça.
44. Ceda.
45. A vida não é uma flecha que, uma vez desfechada, sai voando sozinha, mas não deixa de ser uma dádiva


Não posso mais viver assim do seu ladinho
Por isso colo meu ouvido no radinho de pilha
Pra te sintonizar sozinha, numa ilha
Sonífera ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz
Sonífera ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

6 de outubro de 2009

Tinha que ser Jobim...


É pau, é pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
Um pingo pingando, uma conta um conto
Um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
O projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
Um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
Um pingo pingando, uma conta um conto
Um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
O projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
Um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau é pedra

5 de outubro de 2009

E acreditamos que somos o centro do Universo....



"Imagine que os 4,5 bilhões de anos da Terra foram comprimidos em um só ano (entre parênteses colocamos a idade real de cada evento). Nesta escala de tempo, as rochas mais antigas que se conhece (~3,6 bilhões de anos) teriam surgido apenas em março. Os primeiros seres vivos (~3,4 bilhões de anos) apareceram nos mares em maio. As plantas e os animais terrestres surgiram no final de novembro (a menos de 400 milhões de anos). Os dinossauros dominaram os continentes e os mares nos meados de dezembro, mas desapareceram no dia 26 (de 190 a 65 milhões de anos), mais ou menos a mesma época em que as montanhas rochosas começaram a se elevar. Os humanóides apareceram em algum momento da noite de 31 de dezembro (a aproximadamente 11 milhões de anos). Roma governou o mundo durante 5 segundos, das 23h:59m:45s até 23h:59:50s. Colombo descobriu a América (1492) 3 segundos antes da meia noite, e a geologia nasceu com as escritos de James Hutton (1795), Pai da Geologia Moderna, há pouco mais que 1 segundo antes do final desse movimentado ano dos anos." (extraído de Eicher, 1968)"

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

As fotos, figuras, textos, frases visualizadas neste blog, são de autorias diversas. Em alguns casos não foram atribuidos os créditos devidos por ignorância a respeito de sua procedência. Se alguém tiver
alguma objeção ou observação por favor contatar-me.
Namastê























CURRENT MOON