Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

31 de maio de 2011


 
A vida percorre uma linha que  
tem em seus extremos, prazer e dor...Estas linhas se unem em um círculo, 
prazer demais já é dor...Se dói demais, 
logo não vou sentir e assim é o ciclo da vida...
.
gi

30 de maio de 2011

inveja dos gerânios

[gerânio-beija-flor.jpg]
"Fico tão cansada às vezes,
 e digo para mim mesma que está errado,
 que não é assim, que não é este o tempo, 
que não é este o lugar, que não é esta a vida. (...)
então eu não sentia nada, 
podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada,
 bastava estar atenta como estes gerânios, 
você acha que um gerânio sente alguma coisa? 
quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio
 e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que 
não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida..."
( Caio F Abreu)

a intensidade cobra seu preço....

[Camille+Claudel_dana1885.jpg]
"Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa:
 “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” 
(Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — 
frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. 
Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício,
 onde permaneceu até a morte. 
Perdida de amor, de talento e de loucura."
( Caio F. Abreu, falando sobre Camille Claudel)

26 de maio de 2011



Enxergar o "eu" é o mesmo que, estando dentro de um edifício enxergar sua forma total...
Podemos adivinhar o eu, já que somos a soma de tudo com o que nós identificamos de alguma forma...
Grande parte do que somos está escondida no nosso inconsciente, distante dos nossos processos mentais e 
só podemos ter acesso a isso através das emoções que afloram com as simpatias e as antipatias...
O "outro", é o espelho, devo olhar com atenção para tudo que repudio, já que a interpretação do outro me revela, pois apenas eu posso interpretar de tal forma, outro interpretaria de outra forma..., da forma que revelaria seu próprio universo interno.
As causas com as quais nos envolvemos também dizem muito a nosso respeito, elas contam histórias sobre criaturas que em nós pedem socorro....E devemos ouvir e atentar aos que  choram dentro e fora de nós...
Não há "eu sem o "outro"....Posso revolucionar minhas tradições, minha cultura, no entanto a matéria com que vou construir uma nova cultura, novas tradições é a mesma..., a matéria sempre estará lá reciclada - em um novo ciclo, como disse Lavoisier "nada se perde, tudo se transforma" e deve-se ainda tomar extremo cuidado para não "fechar" nada..., não se prender as "novas" verdade e tradições..., renovar as tradições a cada dia e permitir que a natureza revele sua sabedoria...
Sabendo que somos "pó das estrelas" e que nossos átomos poderiam estar em qualquer grande vilão do passado..., reinventemos nosso "eu"..., com humildade e jubilo....

gi

25 de maio de 2011


"Te desejo uma fé enorme,em qualquer coisa, 
não importa o que, como aquela fé que a gente teve um dia...

Me deseja também uma coisa bem bonita, 
uma coisa qualquer, maravilhosa, 
que me faça acreditar em tudo de novo, 
que nos faça acreditar em tudo outra vez." 
(Caio Fernando Abreu)

24 de maio de 2011

Quem somos nós?

 Recendendo  a incensos, 
com  vestes claras e luminosas apontamos nossos crueis 
dedos aos pobres humanos inferiores que não resistirão a "limpeza planetária"...
A inveja se avoluma as nossas costas sedenta de lisonjas...
Vendemos nossa almas por um pouco mais de beleza artificial...
Desejamos tudo o que seja automático, pois nossa inércia nos domina...
Temos a certeza e o conhecimento da verdade... (!!!) 
e assim explicamos porque são violadas as crianças africanas, 
porque sofrem o povo do Japão...Nossa evolução espiritual nos permite julgar os povos.
Voltamos nossos elevados pensamentos para o céu e 
assim ignoramos a fome que assola o mundo, porque políticas e politicos não nos interessam....
Não queremos saber dos pobres e oprimidos,
 porque Deus privilegia os privilegiados...( esta ouvi em um curso espiritualista a semana passada)...
Vamos apenas falar de beleza e paz....
Ignoremos as injustiças e a dor, pois maus pensamentos
 não conspiram para um futuro melhor...
O que penso pode não ser a verdade, mas eu lhes digo, 
se o "mundo vai acabar" quero ficar aqui e talvez segurar a mão de alguém quando o final chegar...
Quem somos nós para dizer que seremos salvos?
Quem somos nós para explicar o mundo?
Quem somos nós para explicar porque uma criança de 3 anos e uma senhora paralítica de 70 anos são violadas para satisfazer os senhores da guerra?
Quem somos nós? Que nos recusamos a assumir a responsabilidade por fazer a mudança neste planeta, ao invés de pregar sua destruição?
Quem somos nós para escravizar outras espécies de vida? 
Quem somos nós que apontamos os pecados dos nossos irmãos, 
mas somos incapazes de estender a mão para afagá-lo?
Quem somos nós que que canalizamos os anjos e não escutamos os gritos de nossas crianças?
Eu lhes pergunto: quem somos nós?


23 de maio de 2011

O patinho feio aprendeu a falar...e olha o que ele disse...

[PATINHO+FEIO.jpg]
"EU FAÇO MINHAS COISAS, E VOCÊ FAZ AS SUAS.
EU NÃO ESTOU NESTE MUNDO PARA VIVER AS SUAS EXPECTATIVAS,
E VOCÊ NÃO ESTÁ NESTE MUNDO PARA VIVER AS MINHAS.
VOCÊ É VOCÊ E EU SOU EU.

SE POR ACASO NÓS NOS ENCONTRARMOS,
SERÁ ÓTIMO.
SE NÃO, NADA SE PODE FAZER."
(Frederick Perls)

21 de maio de 2011




"Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será
Reciclar a palavra, o telhado e o porão...
Reinventar tantas outras notas musicais...
Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...
Ser essência... muito mais...
Ser essência... muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...
Se lembrar de celebrar muito mais..."
( Reticências - O Teatro Mágico)

20 de maio de 2011

fim do mundo...

 
Aceitar tanto a morte quanto o nascimento, 
como parte da vida, é tornar-se verdadeiramente vivo.
"Não desejar viver", disse Jung, "é sinônimo de não querer morrer.
 Vir a ser e deixar de existir são a mesma curva". [C. G. Jung, Psychological Reflectian,].
 E mais: "Quem quer que não acompanhe essa curva permanece 
suspenso no ar e fica paralisado. A partir da meia-idade,
 só permanece vivo quem está disposto a morrer com a vida."
 [C. G. Jung, citado por Kristine Mann em "The Shadow of Death"]
Sim, todo dia é "fim do mundo" para alguém...
Deste mundo não levaremos nada,
no entanto nos concentramos em acumular...Acumulamos coisas, pessoas, mágoas, 
certezas, seguranças, crenças, rancores, vaidades, orgulho...
Na maioria das vezes só nos falta a vida que inexoravelmente
nos escapa...Portanto honremos a vida, pois todo dia é "fim do mundo"
para alguém...

19 de maio de 2011

Madre Teresa que diz assim:


"As pessoas ao redor do mundo podem parecer diferentes 

ou ter religião, educação e posição diferentes,
 mas elas são todas iguais. 
São pessoas para serem amadas.
 Elas estão todas famintas de amor".
“As lendas são a poesia do povo;
 elas correm de tribo em tribo, de lar em lar, 
como a história doméstica das idéias e dos fatos;
 como o pão bento da instrução familiar... mas o povo crê,
 e não convém destruir as fábulas do povo...
Este cultivo dos mitos, não é, talvez, 
o guardar laborioso das verdades eternas?”
(Machado de Assis)

16 de maio de 2011

Quem é você?


"Quem é você?", perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. 
Alice retrucou, bastante timidamente: "Eu - eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento - pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
"O que você quer dizer com isso?", perguntou a Lagarta severamente. "Explique-se!"
"Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora", respondeu Alice, "porque eu não sou eu mesma, vê?"
"Eu não vejo", retomou a Lagarta.
"Eu receio que não posso colocar isso mais claramente", 
Alice replicou bem polidamente, "porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso."
"Não é", discordou a Lagarta.
"Bem, talvez você não ache isso ainda", Alice afirmou, "mas quando você transformar-se em uma crisálida - você irá algum dia, sabe - e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?"
"Nem um pouco", disse a Lagarta.
"Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes", finalizou Alice, "tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.
"Você!", disse a Lagarta desdenhosamente,
"Quem é você?"
O véu da noite que toca minha pele
revela os segredos que nunca quis saber...
Você pode encontrar uma verdade dentro de mim
ou nas minhas mentiras,
Mas eu não serei aquela que lhe revelará.
O seu destino já não é mais tão perfeito,
E o pesadelo de agora já não assusta mais como outrora...
Você pode ser meu melhor amigo,
ou simplesmente me deixar de lado...
Mas a vida é um sorteio de poucas oportunidades.
Tenho as perguntas secretas
E o véu da noite desceu sobre mim
para, enfim, respondê-las.


J.A.Cabral (2008)
"E no céu em chamas

Podem as miragens
Se tornar reais e são dois sóis"


A razão é como uma equação
De matemática... tira a prática
De sermos... um pouco mais de nós!
Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça-me um favor
Um favor... por favor


A Fé Solúvel - O Teatro Mágico)





A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência,
 quer dizer, por uma resposta à violência alheia. 

(Sartre

14 de maio de 2011


"Sobre uma torre havia uma mulher,
de túnica branca, penteando a cabeleira,
 que chegava aos seus pés. 
O pente soltava sonhos, 
com todos os seus personagens: 
os sonhos saíam dos cabelos e iam embora pelo ar.”
   Eduardo Galeano


Conheci o bem e o mal, o pecado e a virtude, 

o certo e o errado; Julguei e fui julgado; 

Passei pelo nascimento e pela morte,

 pela alegria e pelo sofrimento, pelo céu e pelo inferno;

 E no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim

Augusto Azevedo

"A vida se contrai e se expande
proporcionalmente à coragem do indivíduo."
(Anaïs Nin)

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

As fotos, figuras, textos, frases visualizadas neste blog, são de autorias diversas. Em alguns casos não foram atribuidos os créditos devidos por ignorância a respeito de sua procedência. Se alguém tiver
alguma objeção ou observação por favor contatar-me.
Namastê























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