Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

8 de abril de 2014

O fantasma do celeiro




Tudo aconteceu no inverno do tempo das grandes luzes...
Auroras cintilavam na noite e protegidos pelo calor do fogo olhávamos o céu através do vidro da janela... 
Certa noite eu a vislumbrei pelo canto dos olhos... e uma terrível convicção gelou-me os intestinos: "havia uma assombração no celeiro!!!" Como ninguém mais além de mim havia tido a visão entendi que o problema era comigo... Naquela noite dei-me conta de que a noite tem som de silêncio ensurdecedor. Com a cabeça coberta e os pés encolhidos, adormeci embalado por meus tremores.
Dia seguinte, acordei corajosamente decidido a evitar o celeiro. Nada me faria entrar por aquela porta escura, usaria de todos os meus argumentos e determinação de guerreiro para evitar aquela calamidade. Pensando melhor evitaria olhar pela janela à noite também...
Os dias se passaram e as noites esquentaram...E em uma noite escura como o breu, avistei o fantasma novamente!!! Desta vez a sombra saia da janelinha do celeiro e voando para apavorar algum menino indefeso ...Percebendo que o monstro estava desinteressado de mim resolvi mantê-lo sob vigilância. Noite após noite via a sombra indo e voltando...Até que na lua cheia veio a espantosa revelação...Voando no clarão da Lua meu fantasma se transformou em uma enorme coruja branca!
"Ahhh que alegria!!" Não é um fantasma!! É uma amiga!!
Nos dias que se seguram me aproximei do celeiro e vi que "minha amiga" estava chocando seus ovos. A partir daí eu cuidava dela, oferecia-lhe pequenos pedaços de carne e ela gritava alegremente, espantando os fantasmas quando me via observando a noite escura.


(Estórias para crianças de poucos e muitos anos - Gislaine Carvalho Rodrigues)

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